A sessão do Conselho Pleno da OAB/SC, órgão máximo da instituição, reuniu-se nesta quinta-feira (13) e pela primeira vez na história da Seccional teve a abertura e mesa de trabalhos composta e presidida apenas pelos conselheiros estaduais negros.
O gesto simbólico foi para consagrar a Resolução 20/2025CP, relatada por José Elito Ribeiro, conselheiro estadual da OAB/SC, aprovada pelo colegiado a qual estabelece que, anualmente, na abertura da Sessão Plenária e demais eventos da OAB/SC realizada no mês de novembro, a mesa diretiva será composta por advogados(as) negros(as), em homenagem ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.
Os trabalhos foram conduzidos pela diretora de Inclusão e Acessibilidade, Daíra Andréa de Jesus que foi empossada nesta manhã, pelo presidente Juliano Mandelli.
“Damos início a esta sessão histórica do Conselho Pleno, com a composição desta mesa diretiva, composta exclusivamente por conselheiros negros, em homenagem ao Dia Nacional de Zumbi da Consciência Negra. Eu tenho a honra de presidir essa abertura como diretora de Inclusão e Acessibilidade da OAB/SC”, afirmou Daíra de Jesus.
“Fica estabelecido que anualmente na abertura da Sessão Plenária e demais eventos da OAB Santa Catarina, realizados no mês de novembro, a mesa diretiva será composta por advogados(as) negras em homenagem ao Dia Nacional de Zumbi e Dia da Consciência Negra celebrado em 20 de novembro”, destacou José Elito Ribeiro.
“Com este fato histórico, é uma data histórica para nós pessoas pretas, de estarmos aqui sentados à mesa de um Conselho Estadual, algo que até então, pelo conhecimento que tenho, nunca havia acontecido em nenhuma Subsessão, Conselho Federal ou Seccional da OAB”, ressaltou Márcia Lamego, presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB/SC.
“A OAB/SC é uma instituição comprometida com os direitos humanos e a justiça social. Este ato em alusão ao Dia da Consciência Negra é reafirmar nosso papel na promoção de uma advocacia plural, diversa e comprometida com a equidade racial”, destacou Mandelli.
A conselheira federal e membra honorária da OAB/SC, Cláudia Prudêncio,deu ênfase no papel da Ordem em temas como esse. “Gostaria de dizer aos colegas que pessoas pretas, negras, mulheres, pessoas com deficiência, não são invisíveis. Esta casa tem por obrigação proteger todos e todas, sem distição”, enfatizou.
“Tenho certeza que a dra Daíra chegou onde chegou, por mérito dela. Não tenho dúvidas que enfrentou barreiras que eu não tive. Por ser mulher, por ser uma mulher preta. Apesar da Ordem muito já ter tido feito em relação a este tema, acredito que temos muito mais a fazer.”, finalizou Rafael Menezes.
Assessoria de Comunicação da OAB/SC



