Integrando a programação do Mês da Consciência Negra, a OAB/SC, por meio da Comissão Estadual de Igualdade Racial, promoveu na noite desta quarta-feira (19) o evento “Equidade Racial e Combate ao Racismo Estrutural: construindo saberes e redes”. Realizado no plenário da Seccional, o debate reuniu membros da advocacia, acadêmicos e a comunidade em um diálogo necessário sobre o enfrentamento das desigualdades e a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Sob condução do presidente Juliano Mandelli, acompanhado de diversas lideranças negras do Sistema OAB, o encontro contou com as palestras de Sônia Regina Lamego Lino, Adriana Aparecida Belino Padilha de Biazi Minky Kókoj e Jádel da Silva Júnior. Os palestrantes conduziram reflexões profundas sobre racismo estrutural e institucional, educação antirracista, representatividade e o papel social da advocacia na promoção da equidade.

Na abertura, as autoridades presentes enfatizaram a relevância do debate para o fortalecimento de políticas de inclusão e a valorização da diversidade como um pilar fundamental na atuação do Direito.

A atividade também reservou um espaço para interação com o público, estimulando uma rica troca de experiências entre profissionais de diversas áreas, pesquisadores e a sociedade civil. A iniciativa reforça compromisso assumido pela Ordem catarinense em fomentar ações contínuas e efetivas no combate ao racismo.

“É o momento de reflexão de todos nós para que possamos reconhecer a urgência do combate ao racismo estrutural evidente que existe na sociedade e existe também dentro da advocacia. Isso merece reflexão e merece que a gente tenha atitude, que saia do discurso e vá para a prática”, destacou Juliano Mandelli em sua fala.

“O mês de novembro é um mês que nós falamos muito, as pessoas pretas são [bastante] procuradas no mês de novembro. Gostaria que todos venham aproveitar a conhecer um pouco mais da nossa história através das pessoas que vêm aqui contar”, mencionou Marcia Lamego.

“Aproveito a data para recordar do Zumbi dos Palmares e fazer da memória dele a luta pela liberdade e pela dignidade. Servir de inspiração contínua para nós”, citou Bruna dos Anjos, diretora do Núcleo de Violência Doméstica, Gênero e Prática Penal da ESA/SC.

“Eu amo essa Casa e a cada dia tenho me sentido mais acolhida. É muito bom ver ela pretinha assim, eu me sinto mais pertencente do que já me sinto todos os dias”, declarou Vanessa da Silva Rosa, conselheira fiscal da CAASC.